Tomás Anjos Barão

Tomás Anjos Barão

tomasbarao.pt

Algumas coisas que seria bom fazermos

Algumas coisas que seria bom fazermos

Primeira cena da peça "The Writer", de Ella Hickson
Primeira cena da peça "The Writer", de Ella Hickson

Uma lista muito incompleta e desactualizada de coisas práticas que vou registando:

  • Investigar e divulgar a nossa História mais recente (como as peças de teatro da companhia Hotel Europa, ou a conta de Instagram @lgbt_history).

  • Criar campanhas e pressão política para que se ensine nas escolas uma história completa e realista do colonialismo português, em vez de uma versão romantizada e hipócrita (como o projecto Impact of Omission no Reino Unido).

  • Mostrar que a política está em tudo no nosso quotidiano, e que existem muitas formas diferentes de participar (como esta exposição que co-produzi, ou esta série de vídeos da JoutJout). Pôr as pessoas comuns em contacto com os políticos eleitos (como fiz na Câmara de Setúbal).

  • Criar campanhas para eleger pessoas com ideias realmente inovadoras e progressistas (como fizeram os Movimentos de Libertação Gráfica para eleger a Manuela Carmena em Madrid e a Ada Colau em Barcelona).

  • Projectos para colocar em itinerância o teatro, a dança e outras produções culturais excelentes feitas em Portugal e no mundo. Há locais com muita oferta e outros sítios que têm espaços mas não têm programação. Projectos de captação de públicos (como o Primeira Vez no D. Maria II) e fomento de consumos culturais. Qualquer projecto que utilize a cultura (no sentido mais tradicional de artes e espectáculos) para a emancipação humana (como o projecto Meio no Meio).

  • Desconstruir o individualismo. Já temos muitos livros para nos ajudarmos a nós próprias, precisamos de livros para ajudar o colectivo (como este livro de Barbijaputa para acabar com o machismo ou este livro de Marina Garcés).

  • Criar alternativas democráticas realistas ao oligopólio das grandes empresas. Cooperativas de consumo que nos permitam fazer a nossa vida normal sem enriquecer os mais ricos (por exemplo, no Reino Unido podes comprar a tua electricidade, serviços de telefone e comida a cooperativas).

  • Aprender a viver, trabalhar e manter contacto com quem amamos sem depender da Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft. Pensar e falar mais sobre utilizações éticas, ecológicas, seguras e emancipatórias da internet. Criar mais software livre e melhorar o que já existe. Parar o capitalismo de vigilância.

  • Criar mais grupos de partilha e apoio para pessoas LGBTI em Portugal (como fizemos na SEIES em Setúbal e na rede ex aequo a nível nacional). Temos óptimas leis de protecção das pessoas LGBTI, mas para conseguir superar a vergonha de séculos de repressão e armários e finalmente viver com a mesma liberdade que as pessoas cis-hetero precisamos de grupos de apoio fortes onde as pessoas podem conversar, que se encontrem regularmente em diferentes regiões.

  • Recuperar o calor humano que tínhamos antes da Covid-19.

  • Vencer o fascismo do século XXI.

"Este livro baseia-se em duas assunções nossas. Uma, parece-nos, é indisputável; a outra, altamente questionável. Trata-se das crenças em que (a) a sobrevivência da nossa sociedade está ameaçada por um número crescente de problemas sem precedentes e, à data, sem soluções; e (b) que algo pode ser feito para melhorar a situação. Se não sabe qual destas é indisputável e qual é questionável, terminou aqui a leitura deste livro." — Neil Postman e Charles Weingartner na introdução de Teaching as a Subversive Activity

Para conspirar sobre tudo isto contacta-me:
E-mail: tomas@tomasbarao.ptTelegram: tomasanjosbaraoMatrix.org: @umleaozinho:matrix.org